Como a retaliação fiscal às tarifas dos EUA pode impactar o ambiente de investimentos no Brasil
- Canedo Costa Pereira Alabarce

- 15 de jul.
- 1 min de leitura
Com a ameaça de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, levantada por Donald Trump, o governo brasileiro estuda contramedidas sob a Lei da Reciprocidade Econômica e na OMC.
O que dizem os especialistas
Tributaristas e advogados analisam o tema como potencial motor de instabilidade — e menor atratividade para investimentos.
Márcio, tributarista e sócio do escritório Canedo, Costa, Pereira e Alabarce, destaca:
“Aumentar a taxa efetiva do imposto no Brasil, no final, vai refletir diretamente no valuation das empresas, e isso acaba tornando o investimento no Brasil ainda menos atrativo do que outros destinos para o capital.”
Além disso, ele observa que há um movimento crescente para tributar dividendos e remessas ao exterior — sem reavaliar o Imposto de Renda no país ou estimular retenção de lucros e reinvestimento.
Potenciais riscos
Redução no valuation de empresas brasileiras, menor apelo frente ao capital externo.
Impacto nos investidores estrangeiros, que podem migrar para jurisdições com regimes tributários mais favoráveis.
Efeito dominó econômico, especialmente em momentos de tensão internacional e volatilidade de mercados.
A retaliação é uma reação legítima, mas sua execução — especialmente via tributação adicional — pode ter efeitos colaterais graves. Como alerta Márcio Alabarce, elevar tributos sobre dividendos impacta o valuation e coloca o Brasil em desvantagem na competição global por investimento.


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